Vida de estrada

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            Só havia a estrada à frente.
            Só a rodovia e a paisagem ao longe, para ser exato.
            Em minha moto, somente eu e ela. Eu simplesmente estava vivendo aquilo que mais ansiara. Estávamos viajando sem rumo, íamos onde queríamos. Fazíamos o que queríamos.
            Passávamos o dia na moto e durante a noite encontrávamos confusão em qualquer bar de estrada que encontrássemos em nosso caminho rumo ao desconhecido.
            Dirigir com ela abraçada a mim.
            Era só isso que eu precisava para viver. Só isso que eu realmente precisava. Só isso que eu queria pra minha vida. Só isso que fazia a minha vida valer a pena.
            Mas como tudo mais na minha vida antes dela. Essa felicidade não durou.
            Eu já deveria ter aprendido que não fui feito pra essa coisa. Sempre que penso que vai dar certo, acaba dando errado.
            E dessa vez, não foi diferente. Ela me abandonou.
           Uma manhã, após uma briga costumeira em qualquer bar, eu acordei apenas com um bilhete em minha jaqueta.
            “Não dá mais pra viver assim, não consigo mais fingir que quero viver com você. Não assim. E sei que você jamais vai mudar, então estou te deixando.”
            Quando dei por mim, percebi que estava sem as chaves da moto. Ela me roubou.
            Foi embora e me deixou aqui.
            Agora estou eu aqui, vivendo no mesmo bar onde ela me deixou. Dormindo na mesa de sinuca e bebendo sem me importar com o que acontecerá daqui pra frente.
            Sei que ela já deve estar bem longe daqui.
            Assim, prometi a mim mesmo que desse bar nunca mais sairia.
            E assim, espero o dia em que a dona morte venha me buscar, pois estarei pronto para ela. E provavelmente, levarei metade do bar comigo... E isso tudo por culpa dela.

Cursos online

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Imediatamente após concluir o curso já é possível visualizar e imprimir uma cópia do certificado no próprio site. O original é enviado pelos correios diretamente para o aluno, sem custo adicional.

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"Já participei de cursos presenciais, mas particularmente absorvi muito mais fazendo este curso aqui justamente pelo rico e excelente conteúdo apresentado, que além de ser de fácil entendimento e vocabulário acessível, abrange de uma maneira bem completa o tema abordado. Parabéns para a equipe do cursos 24 horas. Este foi o melhor e mais bem preparado curso que já participei"
Clayton de Souza Pinheiro - Cariacica/ES

"Amei fazer esse curso de Telemarketing! Pensei que seria mais difícil entender, mas as apostilas são claras e eficientes, sem contar com a facilidade de fazer a qualquer hora. A equipe está de parabéns, continuem assim!"
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Portanto leitores, está na hora de começarem a cursar alguma coisa!


Nem sempre heróis vencem

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E lá estava ele.
Somente ele ainda estava de pé. Mas sabia que se a batalha durasse mais tempo, ele iria cair e não conseguiria se erguer. Talvez não por falta de energia, mas sim por que não teria a chance de tentar.
O Lugar estava em chamas, já não fazia ideia se existia algo para ser queimado. O fogo não era fogo comum, queimava mesmo sem ter o que queimar... Os habitantes das proximidades já haviam tentado se salvar, mas nenhum deles deve ter conseguido. Quando o mal chega, é para eliminar a todos. 
Ninguém mais estava por perto, pois aqueles que estavam com ele, já haviam sido derrotados. Somente ele e sua espada estavam lá para tentar salvar algo que já não havia como ser salvo. Seu senso de honra o impedia de fugir da batalha. 
O calor da batalha era grande, não havia muito que ele podia fazer... Se defender já era um grande progresso. Seus olhos já não o permitiam ver seu oponente, na verdade ele já não conseguia ver muita coisa. Só o que ele via era a luz que vinha das chamas, mesmo que nem elas ele conseguisse ver às vezes.
Perante essa situação, ele já não sabia se estava enfrentando o mesmo oponente de quando a batalha começou. Mas isso não importava só o que lhe importava era sobreviver a ela. 
Em algum momento, ele deve ter baixado sua guarda, mais baixa do que já estava, pois seu oponente conseguiu tirar a espada de sua mão.
Assim, ele estava completamente indefeso.
Não haveria chance de sobrevivência agora, só o que ele podia fazer era esperar que sua morte fosse rápida.
Como sempre imaginou que aconteceria no momento de sua morte, ele começou a ter visões de como passou sua vida. Lembrou-se da primeira vez em que ajudou alguém, a primeira vez em que pode sentir a emoção de vencer algum oponente...
Ele não se arrependia de nada que tivesse feito, pois viveu da maneira que gostava e da maneira que imaginava quando era apenas uma criança.
Ainda mais por que o que o consolava era saber que esse mal que havia o derrotado não era um mal eterno. Um dia ele também viria a ser derrotado, ou por algum sobrevivente no mundo, ou simplesmente pelo tempo.
Então para ele, era uma morte tranquila, mesmo com o que aconteceu após concluir isso... Sua barriga fora transpassada por uma arma metálica, não sabia o que era. Uma espada ou uma lança, não importava mais a ele.
Assim, mesmo derrotado, ele morrera sorrindo...

Escrita dia 01 de dezembro de 2010

Phoenix

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Dê-me a fagulha para o início da grande fogueira
e nela queimaremos nossos corpos.
Depois renascidos das cinzas,
voaremos o mais alto possível,
tornando o céu num mar de fogo
e novamente nossos corpos,
em cinzas…



Escrito em parceria com "Akita-inu" (Pra mim ainda é "mocinha"), no dia 19 de janeiro de 2011

Problemas em um show

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    Pessoas são estranhas.
    Essa foi à conclusão que cheguei após aquele show.
    Eu havia comprado os ingressos uma semana antes do show. E havia convencido minha amiga a ir comigo dois dias antes do mesmo.
    No dia do show, estávamos as duas prontas. Estava com uma camisa do Led Zeppelin que adorava e uma jaqueta presa na cintura.
    A jaqueta preveniria duas coisas, o frio da madrugada durante a volta e, apalpadas em minha bunda. Isso sempre acontece em shows. Toda garota que vai a um, deve estar preparada.
    Além disso, toda e qualquer pessoa deve saber que, sempre há o costumeiro “empurra-empurra”. Sempre há pessoas que querem estar mais próximas do palco. E como eu sou uma dessas pessoas, já estou acostumada com isso. Não gosto, mas me acostumei.
    Quando já estávamos no show, encontramos o namorado dela e tentamos ficar o mais próximo possível do palco. Por uma boa sorte, conseguimos ficar de frente ao mesmo.
    Mas como sempre, alegria dura pouco. Não deu nem dez minutos de show, quando sinto alguém me cutucando. Não me empurrando, mas me cutucando. Como se quisesse chamar minha atenção.
    Quando olho para trás, percebo um casal, um hippie e uma garota. O hippie tinha cabelos compridos tão bagunçados, que se assemelhavam a um ninho de passarinhos, e uma barba que junta com as roupas rotas que usava lhe davam uma aparência de mendigo.
    Já a garota que estava com ele, era do tipo “rebelde bonita”. Rockeira de loja, que muito provavelmente só estava ali por causa dele.
    – Pode parar de me cutucar? – pedi inicialmente com gentileza. Eu sempre tento pedir as coisas calmamente antes de tentar de uma maneira mais rude.
    A garota me olhou, dos pés a cabeça, e sorria. Um sorriso irônico, que me irritou de uma maneira anormal.
    Eu fui para um lugar um pouco mais distante deles, arrastando minha amiga e o namorado que estavam se agarrando em meio ao show e nem tinham percebido nada.
    Quando pensei que tinha me livrado do incômodo e que poderia aproveitar o show, senti alguém apalpando minha bunda. Até entendo isso, o empurra-empurra estava muito forte. Mas eu senti a pessoa colocando a mão dentro do bolso da minha calça, sendo que a jaqueta ainda estava amarrada em minha cintura.
    Virei-me para encarar o “tarado” e qual não foi minha surpresa ao ver que quem estava me alisando era o hippie que estava com a namorada do lado. Eles tinham nos seguido até onde estávamos.
    – O que é isso?! Dá pra parar de passar a mão em mim?! – eu gritei com ele, mas ele não deu muita atenção e se virou para a namorada.
    – Vamos pra lá, que a moça ai tá dizendo que você fica passando a mão nela. – Eu fiquei olhando sem entender o que estava acontecendo, e quando pensei que não poderia ficar mais estranho, a garota começou a gritar comigo.
    – Então é você que está dizendo que EU estou passando a mão em você?! – Eu fiquei sem entender e minha amiga, que tinha largado do namorado e ouvido a confusão, disse que tinha visto ela me provocar.
    Eu percebi que ela iria tentar algo físico, então empurrei minha amiga para o lado e acertei na garota um direto de esquerda na cara dela. Nisso, o namorado da minha amiga olhou para o hippie e disse:
    – Você não vai encostar um dedo nela. – Coisa de homem, até eu sei que briga de mulher é muito mais divertida no gel.
    A garota ia tentar revidar, mas o namorado da minha amiga colocou um amigo no meio e assim ela não tentou nada. Minha amiga ainda deu-lhe um belo chute no estomago e assim o casal finalmente nos deixou em paz e pudemos curtir o pouco que restava do show.
    É por isso que eu reafirmo. Pessoas são estranhas, sempre procurando um meio de criar confusão umas com as outras.