“Se eu não puder sorrir, como farei alguém feliz?”

            Essa não é a primeira vez que escuto isso. Também não é a primeira vez que penso a respeito disso... Eu nunca consegui chegar a uma conclusão para poder responder essa pergunta. É algo difícil de pensar. Ainda mais quando sou eu quem está pensando.
            Perdi muitas noites de sono pensando em como responder isso, é algo frustrante... Pensar e não saber aonde chegar. É uma das perguntas que eu gostaria de poder responder por instinto. Mas não posso.
            Quantas vezes não mascaramos nossas reais emoções apenas para fazer outros sentirem-se bem? Quantas vezes esquecemo-nos de nós mesmos para pensar nas pessoas a nossa volta? Pois é, também acho que é algo raro de se ver hoje em dia. Mas raro não quer dizer que não exista... Eu, por exemplo, conheço pessoas assim. Pessoas que fazem de tudo para alegrar os outros, mas essas pessoas acabam se esquecendo de cuidar delas mesmas. E me deixa triste saber disso... Se você quer ajudar alguém, deveria começar consigo mesmo. É o que penso.
            Ninguém deveria salvar os outros sem conseguir se salvar. É errado.
            Eu continuo me mantendo no pensamento de heroísmo, mesmo eu não acreditando que eu possa ser um... Mas acredito que existe um herói em cada um de nós, um herói que nos dá forças para ser quem somos; um herói que nos permite viver e um herói que no fim nos permite morrer... Mas não quer dizer que – às vezes – não precisamos de ajuda.
            Mas precisamos aprender em quais momentos devemos pedir ajuda. Devemos aprender que não é por que precisamos de ajuda, que devemos pedir. Humanos precisam aprender a superar seus limites... E aprender até podem ir. Não precisamos nos sentir mal por pedir ajuda, por que se pedimos é por que confiamos em quem chamamos.
            Mesmo pelas coisas que podem dizer sobre isso, não devemos nos importar. Nem a pessoa que nos ajuda deveria! Se ela está ajudando deve ser de bom grado, feita a partir de seu coração, não por que espera alguma coisa. Então, essa pessoa não vai ligar pro que dizem.
            Não é certo alguém tentar esquecer os seus problemas para ajudar os outros nos deles. É preciso resolver primeiro os nossos problemas, antes dos alheios. Precisamos nos resolver antes de tudo.
            Todo mundo pode ser feliz, se quiser.
            Todos são uteis, de alguma forma... Todos.

            Se as pessoas se importam com você, saiba que elas vão fazer o possível para te ajudar. E às vezes até mesmo o impossível! Cegos irão ver! Surdos irão ouvir! E aleijados – tcharam! – irão andar! Tudo isso apenas para te ajudar, se realmente forem seus amigos é o que farão.
           Por que é isso que os amigos fazem, apoiam uns aos outros. Sem temer comentários ou qualquer outra bobagem.
            Não consegui responder a pergunta ainda. Mas essa é a graça da vida não é? Ter algo a que se manter em duvida para motivá-lo a continuar? Pelo menos é o que eu acho.

Para minha querida sobrinha, que precisa começar a pensar um pouco mais em si mesma.

1 comentários: (+add yours?)

Hamilton Pipoli disse...

Parabéns pelo texto Luigi. Eu diria que você escreveu para todos que precisam pensar mais na própria felicidade, enfim, escreveu para todos nós. Isso sem deixar de compartilhar a própria generosidade com o próximo. E ai voltamos a uma famosa pergunta: E quem é meu próximo?